ME MORDO DE CIÚME
- Um ‘terrível monstro perturbador’ acompanha de perto as pessoas
que amam: O ciúme. Ele está presente em todos os relacionamentos, até nos mais simples sentimentos
amistosos. Ele é um sentimento tão presente que se manifesta até nos animais -
Outro dia ouvi sem querer duas pessoas conversando na fila da lotérica e elas falavam de um ciúme doentio que uma delas possuía do namorado e disse que também sentia ciúme de tudo e de todos: até do meu cachorro eu sinto ciúme, exclamou. Convenhamos que, até
certo ponto, o ciúme é normal. Ele está presente até na forma de enxergarmos o mundo.
É um mecanismo natural de detecção de ameaças. Ele é aceitável, pois nos protege
de experiências arriscadas. O que é constrangedor e faz muito mal é o ciúme
doentio, esse do exemplo acima, das moças na fila. Ou, pior ainda, aquele que se manifesta como a forma de prender uma pessoa ao seu
lado tirando-lhe a liberdade. Garanto que vocês já conheceram muitas pessoas ciumentas, até mesmo
você talvez seja uma pessoa ciumenta. Tem gente que tem ciúme dos pais, dos irmãos, dos filhos, dos grupo de amigos e principalmente dos namorados. Dominadoras, sem perceber, afastam-se das pessoas que lhes querem bem.
Faço
até uma confissão a vocês, eu também sou ciumento, mas não muito. E a maior parte do meu ciúme está focada na proteção e no zelo, como cuidar dos filhos, dos objetos que me levam a recordar um momento feliz. Porém, entendo que ter ciúme em excesso é garante um resultado invertido na manutenção de um relacionamento afetivo. Para manter um relacionamento em equilíbrio é
necessário “você estar presente o máximo possível” na vida do parceiro, sem sufocá-lo com ciumeira.
Encontrar espaços livres no seu dia para dar atenção ao ser amado, sem pensar em vigiá-lo ou cercear seus passos. Essa atitude transmiti-lhe a paz necessária aos dois.
Ter um ciuminho brando, quase sempre é o reflexo de um 'eu' protetor. Todas as relações necessitam de proteção, de uma certa blindagem para evitar que o ser amado corra riscos e sofra. Na nossa cultura, deixar que as pessoas se exponham, que corram riscos desnecessários pode parecer interferência direta em sua liberdade, mas pode ser somente a presença do zelo. Essas orientações podem ser conversadas com carinho. Ninguém gosta de se sentir vigiado.
A falta desse interesse protetor pode ser a constatação de que está faltando cuidado com a relação. Por isso, conversem sempre, o relacionamento agradece. É importante cuidar. Um velho e pequeno ditado fala muito sobre o tema com apenas três palavras: “QUEM AMA CUIDA”.
Encontrar espaços livres no seu dia para dar atenção ao ser amado, sem pensar em vigiá-lo ou cercear seus passos. Essa atitude transmiti-lhe a paz necessária aos dois.
Ter um ciuminho brando, quase sempre é o reflexo de um 'eu' protetor. Todas as relações necessitam de proteção, de uma certa blindagem para evitar que o ser amado corra riscos e sofra. Na nossa cultura, deixar que as pessoas se exponham, que corram riscos desnecessários pode parecer interferência direta em sua liberdade, mas pode ser somente a presença do zelo. Essas orientações podem ser conversadas com carinho. Ninguém gosta de se sentir vigiado.
A falta desse interesse protetor pode ser a constatação de que está faltando cuidado com a relação. Por isso, conversem sempre, o relacionamento agradece. É importante cuidar. Um velho e pequeno ditado fala muito sobre o tema com apenas três palavras: “QUEM AMA CUIDA”.
Muitos
psicólogos, terapeutas e escritores têm falado sobre o ciúme. William
Shakespeare escreveu peças magníficas que falavam do ciúme estremo. Em sua obra
OTELO, ele dizia: “De torturas infernais
padece o homem que, amando, duvida e suspeitando adora”. Na obra, “Otelo,
mouro de Veneza”, o protagonista Otelo é atacado em sua grande fraqueza: a insegurança
do mouro em relação à sua mulher, Desdêmona, bela e muito mais jovem que ele.
De uma insinuação que recebeu de que sua mulher o traía surgiu ‘um dos mais incontroláveis
tormentos da alma, o ciúme'. O desfecho dessa história é trágico: Otelo
assassina a esposa, sem conseguir provar sua infidelidade. Esta obra foi tão
importante que a Psicologia Moderna, quando se refere ao ciúme patológico,
chama-o de “Síndrome de Otelo”.
Tem gente que gosta de ser ciumenta, veja esse post:
O ciúme sempre será um campo fértil para os ‘profissionais da mente’, psicanalistas, psicólogos e terapeutas. Até certo ponto, o ciúme é um problema comum e está presente em todos nós.
Nesse instante, é bem capaz que tenha gente por aí invadindo o celular do parceiro, ou seu notebook, para procurar uma situação que constate um caso de infidelidade... Repito: “Quem ama confia”... Se não for assim, a sua relação não se sustentará por muito tempo. Não é uma questão de cuidar da relação, é um caso de absoluta falta de confiança.
Com os animais, o ciúme sempre marca a territorialidade dos machos. Por exemplo: o macaco Babuíno, na época em que a sua fêmea está no cio, não desgruda um só instante de ficar ao lado dela. Escolta-a para evitar que outros machos cheguem perto dela.
A fidelidade sexual é um instinto tipicamente animal, como pertencermos ao reino animal, herdamos esse sentimento também, o que é natural. Precisamos estabelecer critérios e limites, pois de uma desconfiança poderá surgir a separação. Alguns até ousam dizer sempre que: “O CIÚME É O TEMPERO DO AMOR”.
Eu não concordo muito com esse 'tempero', mas talvez seja mesmo. De qualquer forma, faço ressalvas da existência do ciúme na vida a dois somente quanto ao exagero e ao comportamento agressivo. Porém, sei que ciúme é sempre limitador e tirano.
Ter ciúme é como adotar um tigre como um animal doméstico... temos de mantê-lo sob controle, senão...
Tim-Tim!
Neo Cirne
A
música “CIÚME”, sucesso do querido conjunto “Ultraje a Rigor”, mostra bem o que
é sentir ciúme, a ponto de declarar em seu refrão: “eu me mordo de ciúme”. Pra
terminar essa matéria vamos ouvir essa canção? Veja a pequena letra desse
desabafo ciumento.
CIÚME
Eu quero levar
Uma vida moderninha
Deixar minha menininha
Sair sozinha
Não ser machista
E não bancar o possessivo
Ser mais seguro
E não ser tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Meu bem me deixa
Sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom
Ter liberdade
E que não há mal nenhum
Em ter outra amizade
E que brigar por isso
É muita crueldade
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme
Meu bem me deixa
Sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom
Ter liberdade
E que não há mal nenhum
Em ter outra amizade
E que brigar por isso
É muita crueldade