Meus
amigos, com o desejo de que a Luz de Deus se faça presente na semana que
inicia, selecionaremos como primeira matéria, durante as próximas semanas, a lembrança de pessoas maravilhosas que dedicaram suas vidas ao bem-estar das pessoas mais carentes e menos favorecidas.
Por isso, hoje queremos lembrar a presença
empreendedora de uma grande mulher, médica sanitarista, fundadora e
coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação
social que pertencem a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), falamos
da catarinense Zilda Arns. Ela deixou
um legado de exemplos humanitários à Nação Brasileira. Nessa
homenagem publicamos o artigo biográfico do site http://www.meusonhonaotemfim.org.br/
, um trabalho que merece ser republicado para lembrar a pessoa de Zilda Arns.
Mensagem da Semana
Décima terceira filha do casal brasileiro de
origem alemã, Gabriel Arns e Helene Steiner, Zilda Arns nasceu no dia 25 de
agosto de 1934, em Forquilhinha, Santa Catarina. Em 1953, começou a estudar
medicina na Universidade Federal do Paraná. Desta época, ela dizia que “um
professor a reprovou no primeiro ano, mesmo ela sendo sempre uma das melhores
alunas da sala. O professor dizia que era um absurdo uma mulher cursar
medicina. Mas eu virei pediatra, justo a matéria dele”.
No mesmo ano em que entrou na faculdade, ela
começou a cuidar de crianças menores de um ano. Na época, Zilda se impressionou
com a grande quantidade de crianças internadas com doenças de fácil prevenção,
como diarréia e desidratação.
Com o passar dos anos, ela aprofundou seus
conhecimentos em saúde pública, pediatria e sanitarismo, visando salvar
crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu
contexto familiar e comunitário. Compreendendo que a educação revelou-se “a
melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a
marginalidade das crianças”, desenvolveu uma metodologia própria de
multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres.
Em 1983, a pedido da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), criou a Pastoral da Criança juntamente com o
presidente da CNBB, dom Geraldo Majella. No mesmo ano, deu início à experiência
de seu projeto inovador, a partir de um projeto-piloto em Florestópolis, no
Estado do Paraná. Após vinte e cinco anos, a Pastoral acompanhou mais de dois
milhões de crianças menores de seis anos e um milhão e meio de famílias pobres
em mais de quatro mil municípios brasileiros. Neste período, mais de duzentos e
sessenta mil voluntários levaram solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição,
educação e cidadania para as comunidades mais pobres, criando condições para
que elas se tornem protagonistas de sua própria transformação social.
No inicio de 2010, Zilda Arns encontrava-se
em Porto Príncipe, Haiti, em missão humanitária para introduzir a Pastoral da
Criança no país, quando no dia 12 de janeiro o país foi atingido por um
violento terremoto. A Dra. Zilda foi uma das vítimas fatais da catástrofe.
Naquele momento, ela discursava para cerca de quinze religiosos de Cuba, quando
as paredes da igreja desabaram, a médica estava no último parágrafo do
discurso, que não chegou a terminar, e em que falava da importância de cuidar
das crianças “como um bem sagrado”, promovendo o respeito a seus direitos e
protegendo-os, “tal como os pássaros cuidam de seus filhos”.
COMENTÁRIO DE UBAV
Com muito
respeito e gratidão pelas ações humanitárias deixadas, lembramos a doutora Zilda Arns, um
exemplo de amor à vida.
Neo Cirne
Colunista de UBAV