Energias que curam
- Passes,
Johrei, Frequências de Brilho e cirurgias espirituais. Baseadas na
transmissão de energias vitais, essas técnicas são as novas aliadas da medicina
em diversos tratamentos.
Texto •
Melissa Diniz
Extrato da Matéria publicada na ‘Revista Bons Fluidos’.
Extrato da Matéria publicada na ‘Revista Bons Fluidos’.
Se você já
experimentou um inexplicável bem-estar ao entrar em um ambiente ou ao encontrar
alguém, já provou o poder da energia sutil. Uma espécie de vibração positiva
difícil de conceituar, mas fácil de sentir. O que você talvez não saiba é que
essa misteriosa força, também conhecida como energia cósmica, pode curar. É com
base nesse poder que se desenvolveram todas as técnicas de ativação ou
transmissão energética, como a Acupuntura e o Reiki. Nos últimos anos, outras
terapias espirituais, como o Passe, o Johrei e a Frequência de Brilho, passaram
a integrar a chamada medicina complementar, que hoje tem cadeira cativa nos
principais centros de pesquisa internacionais. “Dois terços das universidades
de medicina dos Estados Unidos têm cursos optativos ou regulares de medicina e
espiritualidade”, afirma a ginecologista Marlene Nobre, presidente das
Associações Médico-Espírita do Brasil e Internacional e autora do livro O Passe
como Cura Magnética (ed. FE).
A esse
esforço de incorporar à medicina convencional as práticas antes ditas
alternativas dá-se o nome de Medicina Integrativa. “Para aceitar que uma
metáfora chamada energia vital realmente corresponda a movimentos fisiológicos
no organismo, é preciso mudar o paradigma da ciência. Hoje, isso já acontece e
diversos especialistas preconizam Yoga, Meditação e terapias complementares
para tratar doenças” afirma a neurologista Denise Batista de Castro Menezes,
especialista em homeopatia e acupuntura e pesquisadora da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC).
Até a
Universidade de São Paulo aderiu a essa visão. “Graças a minhas pesquisas, que
aliam biologia, física e espiritismo, fui convidado pela USP para ensinar
medicina e espiritualidade aos futuros médicos”, afirma o psiquiatra Sérgio
Felipe de Oliveira, mestre em ciências pela universidade em que leciona. “Pela
própria definição da Organização Mundial de Saúde, qualidade de vida não
depende apenas de aspectos biológicos, sociais e psicológicos, mas também dos
espirituais”, completa.
Na Unifesp,
onde responde pela disciplina Medicina Integrativa, Oliveira usa passes no
tratamento de pacientes que sofrem de esclerose lateral amiotrófica (doença
degenerativa para a qual ainda não existe cura). “Venho observando mudanças
significativas no comportamento, na postura e no humor desses pacientes, além
de melhora na condição clínica. Os resultados, obtidos em dois meses, me
surpreenderam.”
Prática
comum nas casas espíritas, o passe nada mais é do que a transmissão do fluido
vital ou magnético de uma pessoa para outra. Mas, para o psiquiatra, desde que
Samuel Hahnemann, o fundador da homeopatia, descreveu a técnica em seu livro O
Organon, de 1810, ela tornou-se um procedimento médico. “Como a homeopatia já
se tornou especialidade da medicina, o passe também pode integrar- se a ela”,
diz Oliveira.
Método
terapêutico ainda pouco difundido no Brasil, as frequências de brilho, criadas
pela terapeuta americana Christine Day, também visam restaurar a energia vital,
eliminando dores e doenças. O paciente deita-se em uma maca enquanto o
terapeuta toca seu corpo levemente, ativando pontos específicos, que despertam
energeticamente as células, fazendo com que voltem a funcionar de maneira
saudável.
“As
frequências são energias sutis aplicadas com a finalidade de recuperar a saúde.
O tratamento é especialmente recomendado para quem tem problemas relacionados
ao sistema nervoso”, afirma a terapeuta Dirce Katayama, do Núcleo Ser, em São
Paulo.
A técnica
foi formulada por Christine em 1986, após curar-se de lúpus em estágio avançado.
Seu método estimula a adoção de novos hábitos e pensamentos voltados para
livrar o doente das emoções negativas. O resultado positivo alcançado com
outras pessoas estimulou Christine a fundar uma escola onde se formam
terapeutas na Califórnia. Hoje, são centenas de seguidores em todo o mundo,
inclusive no Brasil. Médicos ligados à Universidade Federal da Bahia adotaram
as frequências de brilho como tratamento complementar para pacientes com
doenças degenerativas, com efeitos práticos. Mas ainda não há pesquisas
científicas que comprovem sua eficácia.
Após ser
vítima de um assalto à mão armada, a dona de casa Maria Celia Picolo, 57 anos,
enfrentou uma longa e profunda depressão para a qual o tratamento psiquiátrico
não fez efeito. Em setembro do ano passado, Christine veio a São Paulo divulgar
seu método de cura e Maria Celia quis conhecê-la. “Minha mãe, que tem
Alzheimer, já havia recebido frequências de brilho e, desde então, a doença não
evoluiu mais. Como eu estava muito angustiada, resolvi assistir à palestra”,
afirma.
Além dos
conselhos da terapeuta sobre a necessidade de modificar pensamentos e
sentimentos, a palestra incluiu uma espécie de cura coletiva, conduzida por
Christine. “Ela nos explicou que vários espíritos iluminados estavam presentes
ali e realmente era possível sentir uma energia diferente. Conforme ela ia
falando, éramos envolvidos em uma atmosfera de bem-estar total, como se todas
as dores, físicas e emocionais, fossem retiradas. Nunca mais me senti
deprimida”, afirma.
Fotos da web (meramente ilustrativas)
Link para a matéria completa: http://bonsfluidos.abril.com.br/livre/edicoes/0133/capa-energias-que-curam.shtml