"Tal Pai... Tal Filho"
A coluna de relacionamento familiar de Sueli Santos
Bom
dia meus amigos queridos de UBAV. Recebi esse texto de uma amiga Mirian
Franconeti, psicopedagoga no Instituto Evoluir, que narra como os pais sofrem em
deixar seus filhos nas escolas muito mais do que as próprias crianças. Como
psicoterapeuta, eu percebo que a insegurança dos pais é transmitida para os
filhos que querem corresponder à dificuldade dos pais de perceberem que seus
"pequenos" estão começando o processo de voar, de sair para o mundo,
e isso, às vezes, deixa os pais assustados, pois percebem que eles já não são o
centro do mundo de seu filho. Eles estão crescendo e lentamente adquirindo
independência.
É
sempre um prazer compartilhar e escrever artigos para este público maravilhoso
de Um Brinde À Vida. Posso, às vezes, levar um tempinho nesta seleção de
artigos que tenham a ver com a minha especialidade profissional, mas, de vez em
quando, sou brindada com textos como este da Mirian, que esclarece este momento
complicado da volta às aulas.
Boa
leitura e Tim-Tim!
Sueli
Santos
 |
HORA DE VOLTAR ÀS AULAS |
Volta às
Aulas
Texto de Mirian Franconeti
Adaptação escolar: um desafio para os pais e filhos
Todo ano a mesma história: como será a adaptação do meu filho à
escola? Fico na dúvida se a insegurança maior vem dos pais ou dos filhos. Os
primeiros dias não são tão simples e fáceis, tanto para crianças maiores que
mudam de colégio como para aquelas que trocaram de turma ou série.
Testemunhei muitos choros, não só dos filhos, como das mães.
Lembro-me de uma criança de três anos, que demorou muito para se adaptar.
Resistia à fome, ao sono e até mesmo à brincadeira. Os pais insistiram e
confiaram. Embora tenha demorado mais do que o esperado, ela venceu seus medos,
aprendeu a confiar e o resultado do seu desenvolvimento foi surpreendente.
Reconheço que as preocupações dos pais transmitem insegurança ao
filho, por uma simples razão: “se minha mãe está nervosa, este lugar não é tão
bom”, pensam eles. Existem casos em que a criança chega e logo se sente
acolhida, porém a mãe se decepciona, pois esperava uma reação negativa,
acreditem.
Tudo leva tempo
- Para os pais, conhecerem todos os profissionais que passarão a
“cuidar” do seu filho.
- Para as crianças, em
relação aos espaços, à rotina, aos profissionais e às outras crianças.
- Para os
educadores, dando e recebendo apoio às necessidades não só da criança, como
também da família.
Como
podemos ajudar?
- O primeiro passo é conhecer a escola. Leve o seu filho para
conhecer o espaço e converse com ele, dias antes, para evitar ansiedade.
- Arrume sua mochila, no dia anterior, e convide-o a participar
dos preparativos: a colocação do seu nome nos objetos pessoais, e tudo mais que
fará parte da sua rotina.
- No caminho, vá lembrando que virá buscá-lo assim que der o
horário. No início, procure sempre ser o primeiro a chegar para pegá-lo, pois
qualquer atraso, a criança pode sentir que foi abandonada.
- Nunca o compare com outras crianças, respeite-o. É preciso
confiar e passar confiança.
- Choros são muito comuns, tanto na entrada como na saída.
Respeite-o, olhe como uma conquista a ser superada, nunca desista
- Caso a escola autorize a mãe a permanecer na sala, na primeira
semana, por algumas horas, permaneça somente o necessário, para que seu filho
passe a entender que aquele espaço é diferente da sua casa, e lá há outras
crianças que estão longe de seus pais.
- Se o seu filho ainda mama no peito, evite dar este atendimento
perto de outras crianças.
- Na entrada da escola ou da sala, entregue o seu filho com um
beijo e a despedida. Não demore. Caso tenha algo a ser falado com a educadora,
seja o mais breve possível. Se a criança chorar, vá embora. Isso logo passa, os
profissionais estarão aptos para acolhê-la.
- Caso seu filho se recuse a entrar na escola ou na sala de aula,
seja firme, o entregue aos educadores e saia. Não tente ter longas conversas,
ou promessas, pois é isto que ele deseja: sua atenção, e quanto mais você
permanece, mais terá que consolá-lo.
É um grande
engano tentar explicar as coisas no momento, uma vez que estarão chegando
outras crianças. Ela só compreenderá através do seu comportamento firme e
assertivo sem se levar por emoções.
Todos nós
passamos por mudanças o tempo todo. Não podemos fixar um período de adaptação,
podendo demorar de uma semana até um mês. Por isso, é imprescindível que o
processo seja feito com muita determinação e paciência. Grande é o aprendizado
dos pais e dos filhos por encaminhá-los a novos vínculos afetivos e sociais.
Comentário da Colunista:
Espero que todos nós, tenhamos aprendido um
pouquinho mais sobre este difícil momento de início do ano letivo. Com carinho,
paciência e auxílio à autoestima das crianças esta adaptação será muito mais
fácil. Se quiserem comentar sobre o tema vocês poderão enviar um e-mail para umbrindeavida@yahoo.com.br - Tal Pai... Tal Filho ou acessar o meu blog.
Bom retorno às aulas!
Obrigado amigos e Tim-Tim!
Sueli
Sueli Pereira dos Santos
CRT 25.188
Terapeuta Sistêmica (Familia, individual e casal) – Psicopedagoga clínica – Letras - Psicomotricidade e Desenvolvimento Humano –
Distúrbios/Transtornos de Aprendizagem – Aprendizagem e Psicopedagogia - Bioenergia - Dinâmicas de Grupo - Educação e Psicologia Social/clinica – Leitura corporal - Belo Horizonte -
www.terapeutasistemica.blogspot.com