O QUE VOCÊ FEZ DE BOM HOJE?
- POR ROBERTA FARIA -
Foi o Manual do
Escoteiro Mirim, um livro clássico da infância nos anos 70 e 80, que me
ensinou: temos de estar sempre atentos para ajudar e fazer ao menos uma boa
ação por dia. Levei a recomendação muito a sério na época. Por conta dela,
ajudei colegas a fazer a lição depois da aula, adotei mais gatos do que meus
pais gostariam e catei na rua um bocado de lixo que não era meu. À noite, antes
de dormir, eu contabilizava o que havia fito de bom e de útil, e a sensação do
dever cumprido me trazia uma grande satisfação.
Não lembro quando parei de fazer isso. Gostaria de pensar que,
de tanto praticar, acabei incorporando o hábito de ‘uma boa ação por dia’.
Sendo muito sincera, o mais provável é que, com o tempo, eu tenha simplesmente
esquecido do assunto. Tento ser uma boa pessoa, é claro. Mas não fico me
perguntando “como posso ajudar?” todos os dias, de propósito. (Convenhamos,
adultos tendem mais a pensar na linha do “como posso me incomodar o mínimo
possível?”.)
Então, há algum tempo atrás, resolvi reavivar o espírito de
escoteira. As atividades de antigamente - como ajudar um passarinho que caiu do
ninho -, e as listas tradicionais de gente grande para fazer o bem - como doar
sangue - não eram coisas para realizar diariamente. Assim, me propus outro
desafio: fazer ao menos uma pessoa sorrir por dia.
Como você consegue isso quando não sabe contar piadas? Bom, eu
tentei de outras maneiras. Passei a prestar mais atenção ao redor, para fazer
elogios sinceros quando notava algo admirável: uma comida bem feita, um cabelo
bonito, um atendimento atencioso... Revi armários para compartilhar coisas boas
que tinha, mas usava pouco. - e que viraram presentes para pessoas queridas. Se
eu cozinhava algo especial, separava uma marmita para surpreender uma amiga. E,
em muitos dias, eu apenas dediquei tempo, atenção e coração para ouvir,
aconselhar, fazer companhia ou brincar.
É uma forma de boa ação muito, mas muito pequena, que não
merece medalha nenhuma - como diria outro livro, clássico da minha infância, ‘Não é nada além da sua obrigação’. Mas
voltar a cumprir esse dever diário com propósito e consciência encheu a minha
vida de sorrisos. Dos outros, como eu queria - e meus também, por sentir que
fizemos algo de bom e de útil é uma tremenda ‘Fonte de Felicidade’.
Roberta Faria
OPINIÃO TIM-TIM!
Achei bem interessante esse texto que encontrei na Revista Sorria, editado pela Drogaria Raia. Nele me senti totalmente inserido, pois desde pequeno convivi com os conceitos solidários, primeiramente na família, posteriormente no movimento escotista e finalizando nos clubes de serviço, como Lions Clube e Maçonaria. É maravilhoso poder viver a emoção pura da solidariedade!
Nos dias de hoje, a carência das qualidades e virtudes positivas têm transformado negativamente a humanidade. Fazer algo de bom diariamente, deve ser uma obrigação, tão importante como banhar-se, escovar os dentes, respeitar pai e mãe, educar as crianças com bons exemplos. Isso, o movimento escotista, realizava e realiza ainda com grande sabedoria. Tome uma atitude positiva sendo um solidário.
Dedicar-se a fazer o bem não é perda de tempo, é depurar a alma, é limpar sua aura deixando-a mais clara. É ser mais integrado com a vida.
Eu procuro diariamente, até por uma questão de hábito, realizar um gesto positivo e tratar as pessoas com palavras amenas, sinceras e doces. Por isso, eu faço a minha parte, fazendo o bem sem olhar a quem, como disse Jesus Cristo, para que todos nós fizéssemos e isso me faz muito feliz.
E, você?
O QUE VOCÊ FEZ DE BOM HOJE?
Neo Cirne
Colunista de UBAV