‘A
LEI DO KARMA E A POLÍTICA’
A Lei do Karma é a relação
entre a causa e o efeito, ela existe há milhares de anos, sendo aceita como uma
realidade inquestionável por várias filosofias orientais. Ela diz que o que
somos hoje, deve-se aos pensamentos que resultaram nos atos de ontem. Em outras
palavras, nossos pensamentos atuais constroem nossas ações de hoje e amanhã. ‘Karma’
em sânscrito significa literalmente ação: são as atitudes que tomamos que
possuem um efeito em nós e em todo o Universo.
No pensamento ocidental, a
maioria das pessoas entende o karma como uma espécie de fatalidade, uma força
do destino que surge do nosso passado. Corretamente entendido, o karma não é
uma desculpa para a aceitação das coisas tais como estão, mas um incentivo para
aproveitar o presente da forma mais criativa e positiva possível, em que toda
experiência pode converter em crescimento e maior consciência de nossas ações.
Busquei nesse pequeno texto
acima, escrito por Eugênio Mussak, ilustre palestrante, a introdução para falar
um pouco sobre o momento sócio-político em que vivemos.
Ontem escutei de passagem,
numa fila de banco, a seguinte afirmação: “A
CORRUPÇÃO NO BRASIL É UM PROBLEMA KÁRMICO, POIS TODO POLÍTICO É LADRÃO!”...
Pensei, na afirmação e vi que ela não possuía uma razão absoluta. Pode até ser
que a corrupção tenha raízes históricas, mas temos condições de ultrapassar esse ciclo construindo uma nova história. Agora, afirmar que todo político é ladrão
não é uma verdade absoluta. Existem políticos honestos, pessoas de bem engajadas em boas causas, mas, pelo que mostra a mídia, com a grande
quantidade de processos contra políticos de todas as vertentes, envolvidos com atos corruptos, formação de quadrilha e outros delitos, fez com que a generalização delituosa pairasse sobre todos. Aqueles que dão maus exemplos contaminam o conceito de honradez dos bons políticos.
É como um vendedor de frutas, que olhando para o balaio cheio de laranjas, observa que a grande maioria está podre e que, ao invés de separar as boas das ruins, grita para o seu auxiliar: - Menino, ‘todas’ essas laranjas estão podres, jogue-as fora! - Ele não deu uma oportunidade para aproveitar os frutos que estavam bons. A generalização é sempre burra, dá trabalho separar os bons dos ruins.
É como um vendedor de frutas, que olhando para o balaio cheio de laranjas, observa que a grande maioria está podre e que, ao invés de separar as boas das ruins, grita para o seu auxiliar: - Menino, ‘todas’ essas laranjas estão podres, jogue-as fora! - Ele não deu uma oportunidade para aproveitar os frutos que estavam bons. A generalização é sempre burra, dá trabalho separar os bons dos ruins.
Precisamos acabar com a sequência de erros, conceitos e votos que sempre geram resultado negativo para toda sociedade. Lembrem-se da Lei da Ação e da Reação, se votarmos em pessoas desonestas deixaremos a sociedade desprotegida, ela ficará nas mãos de gente mal intencionada. Creiam, eles fizeram tantos estragos que levaremos 10 anos para nos recuperarmos. Entendo que a recuperação conceitual da
classe política passará pela transparência e pelo resgate da credibilidade de todos os parlamentares. O momento atual mistura o joio com o trigo, políticos honestos misturam-se com os desonestos.
Existem muitas saídas para a
crise de falta de credibilidade, mas todas as soluções passarão pelo crivo da sociedade e pela eficiência da justiça.
Delas sairá a solução para os problemas políticos atuais. Da atitude coerente surgirá um pacto que beneficiará o pensamento e as ações de todos. Um pacto capaz de mudar o rumo da história dentro da legalidade, com
isso deixaremos de pensar na corrupção e na roubalheira como um problema kármico e sim,
como um problema de educação, moral e justiça.
Somos uma nação muito jovem, que possui menos de 200 anos de independência do domínio português e que ainda sofre com os erros do
passado, cujo maior deles foi, sem dúvida, o de ser um país escravagista. O mal feito do passado não
pode inibir a boa vontade de um povo com um futuro próspero e nem, tampouco, cercear
o desejo de mudança que nos fará sair dessa onda de descrédito que, no momento, vivemos. Vamos transformar essa onda negativa num turbilhão de esperança em dias mais felizes.
A vida passa muito rapidamente e daqui
nada se leva, porém podemos semear bons exemplos, eles edificam o bem e ficam
como um grande patrimônio para as gerações futuras.
Boa semana!
Tim-Tim!
Neo Cirne
Colunista e Fundador de UBAV-Brasil