- DIGA NÃO AO DIABETES! -
O paciente diabético é um candidato a ter uma vida cheia de restrições e
dor, porém esse prognóstico pode ser mudado, eu sei, pois sou diabético há mais
de 20 anos. Sou filho de mãe diabética (tipo 1), que faleceu com 56 anos, com
problemas cardiovasculares agravados pela doença e, de um pai, que faleceu aos
73 anos, pois estava ficando cego e impossibilitado de andar. Ele possuía o diabetes
do tipo 2.
Até os quarenta anos eu nem imaginava que pudesse ter o problema, mesmo com um
grande fator hereditário. Minhas taxas glicêmicas eram sempre na faixa de 100
mg/dL, sentia-me bem. Quase não consumia açúcar, fazia atividade física
regularmente e tinha uma vida normal.
Até que um dia, recebi em meu consultório uma cliente que seria
submetida a um procedimento cirúrgico-periodontal extenso. Pedi-lhe que fizesse
uma série de exames sanguíneos, dentre eles a glicemia. Quando ela retornou
para a consulta e marcação, mostrou-me o resultado e a glicemia beirava a casa
de 200 mg/dL, o normal é até 100 (até 120 eu faria o procedimento, desde que
ela tivesse atenção com seu tratamento endocrinológico). Marquei a cirurgia
para duas semanas depois. Ela compareceu com um dosador de glicose, onde aferiu
na minha presença seu índice, estava no limite. Ficou feliz e eu realizei o
procedimento com sucesso.
Ao sair, ela me perguntou se eu não queria tirar uma gotinha de sangue para saber a minha glicemia, disse-lhe que não, que ainda tinha um cliente para atender. Ela insistiu, cedi ao seu pedido. Tirei a gotinha de sangue e levei ao dosador, vocês nem sabem o quanto revelou meu índice glicêmico. Quanto foi? Vou dizer: Foi 325 mg/dL. Naquele dia eu nem tinha almoçado direito (comera pouco) e estava no fim da tarde. Nossa, que índice alto, pensei.
Ao sair, ela me perguntou se eu não queria tirar uma gotinha de sangue para saber a minha glicemia, disse-lhe que não, que ainda tinha um cliente para atender. Ela insistiu, cedi ao seu pedido. Tirei a gotinha de sangue e levei ao dosador, vocês nem sabem o quanto revelou meu índice glicêmico. Quanto foi? Vou dizer: Foi 325 mg/dL. Naquele dia eu nem tinha almoçado direito (comera pouco) e estava no fim da tarde. Nossa, que índice alto, pensei.
Imediatamente, mandei a secretária remarcar meu último cliente para
outro dia e fui correndo para um cardiologista, muito amigo. Ele mandou correr
um eletrocardiograma e me deu um remédio para baixar o índice glicêmico, desde
este dia eu reconheci que era diabético, e nunca mais minhas taxas atingiram um
número normal. Eu também observei que o aumento da glicose circulante em meu
sangue, aconteceu após a perda de minha esposa e filha, um golpe duríssimo que
tirou meu organismo dos seus padrões normais. Andava muito abalado com as perdas.
Hoje em dia, com mais de 60 anos, eu faço dieta leve, reduzo a ingestão
de açúcar e carboidratos, faço exercícios suaves e hidroterapia. Porém, as
sequelas da doença começam a aparecer, tais como, dormência nas pernas, boca seca
e um sono muito fraccionado pelas idas ao sanitário. Raramente, consigo dormir
direto.
Falei sobre o meu caso, para dar mais um testemunho de quão silenciosa é
esta doença. Portanto amigos, todo cuidado é pouco, procure seu médico.
Trecho de matéria especializada:
Considerado como uma epidemia mundial, o diabetes acomete atualmente quase 200 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil existem 12 milhões de diabéticos. Os números são assustadores, e apesar de ser uma doença crônica, hoje com o avanço da medicina é possível viver bem com ela, e principalmente, prevenir seu surgimento.
O que é o diabetes?
Apesar de não ser uma doença cardiovascular, o diabetes tem estreita
ligação com o sistema vascular e sanguíneo. Diabetes mellitus é uma síndrome
que se caracteriza por níveis de glicose elevados no sangue (hiperglicemia) e
distúrbio do metabolismo de gordura e proteínas. “Decorre da falta do hormônio
insulina ou da resistência à sua ação, isto é, incapacidade da insulina exercer
seus efeitos adequadamente; geralmente, as duas alterações coexistem e decorrem
de fatores genéticos e ambientais de predisposição”, explicou a
endocrinologista Maria Elisabeth Rossi da Silva.
Existem dois tipos de diabetes, o Tipo 1 que aparece em decorrência de
fatores genéticos e o Tipo 2, que aparece na fase adulta, devido a maus hábitos
de saúde.
(Parte do texto de Natáia Negretti, para a revista Você Saudável da Editora Alto Astral)
CONSIDERAÇÃO FINAL:
Quando o diabetes é diagnosticado, algumas coisas têm que mudar, mas isso não significa que a sua vida deva ficar sem graça. Era importante falar um pouco do diabetes, uma doença que tem me tirado o sono e a paz. Tem aumentado muito a minha intranquilidade na alimentação e nos meus hábitos para evitar acidentes, principalmente nas pernas. Feridas nos pés, têm levado a mutilações e ao óbito muitos diabéticos. Todo cuidado é pouco, pois não se brinca com uma doença que pode levar à morte!
Por isso, meus amigos queridos, volto a dizer que a prevenção é
essencial nos dois casos, seja o diabetes do Tipo 1 ou Tipo 2. Não relaxem com a alimentação, com
os exercícios e com a medicação. Só assim, teremos uma vida feliz, longa e saudável. O diabético Tipo 2 tem muito mais possibilidades de controlar a doença e conquistar uma boa qualidade de vida.
Tim-Tim!
Experiência pessoal e comentário pessoal de:
Neo Cirne
Neo Cirne
Colunista de UBAV