E
AGORA BRASIL? A FESTA ACABOU.
Amigos,
bom dia!
Hoje
acordei fora do meu ritmo normal, não por motivo de dor ou insônia, e sim,
porque fui dormir mais tarde com a alma lavada e plena de satisfação, pois tive
o prazer de assistir a olimpíada mais linda das edições que acompanhei durante
minha vida, e foram muitas. Observei com tristeza o apagar da chama olímpica, que passeou por todo país mostrando a importância de estarmos unidos e confiantes num futuro melhor. Valeu a pena!
Com
meu corpo cansado e os olhos ardendo de tanta emoção, pois durante 17 dias observei quase todas as
modalidades esportivas numa cobertura televisiva espetacular, recheadas de lindas imagens. Assim, busquei dormir.
Ao recolher- me queria conseguir conciliar meu sono com a excitação do momento, mas a tentativa foi em vão. Minha alma,
incrédula pelo encerramento das competições, me perguntava: - Qual seria a
programação de amanhã e, sem ter uma resposta que a satisfizesse, ela não me
permitia dormir.
Queria
ver novamente aqueles atletas maravilhosos rompendo seus limites e batendo
recordes. Queria mais uma vez apreciar o salto com vara, a canoagem triplamente vencedora, a valentia dos atletas em geral, a garra do Vôlei e do Futebol. Sem esquecer aquele tiro medalha de prata, o sucesso nas lutas e a velejada emocionante, todos jovens campeões.
Em meus olhos ficaram gravados o jogo de luzes da cerimônia e da disputa leal das competições com a consagração brasileira de ter conseguido realizar seu melhor desempenho olímpico. Foram 19 medalhas, todas lindas e com grandes histórias de superação.
O Brasil mostrou que, mesmo em tempos difíceis, ele é capaz de se superar e seus filhos competindo lealmente não fugiram à luta.
Em meus olhos ficaram gravados o jogo de luzes da cerimônia e da disputa leal das competições com a consagração brasileira de ter conseguido realizar seu melhor desempenho olímpico. Foram 19 medalhas, todas lindas e com grandes histórias de superação.
O Brasil mostrou que, mesmo em tempos difíceis, ele é capaz de se superar e seus filhos competindo lealmente não fugiram à luta.
A grande festa de encerramento terminou ao som de lindos sambas de enredo e empolgantes marchinhas carnavalescas, aumentando ainda mais a intensidade da alegria e da saudade.
Após
o encerramento das Olimpíadas Rio 2016, que foi um marco brasileiro na história
do esporte mundial, para poder descansar procurei alguma coisa para ler e mudar o foco da festa que acabara... Tentei escrever algo... e Nada! Fui encontrar na poesia ‘José’, de Carlos Drummond de Andrade, mineiro de Itabira e carioca apaixonado, a solução para resgatar meu
sono e acalmar minha alma com a finitude de tudo.
Com as minhas desculpas ao querido poeta, procurei adaptar a poesia para
responder à ‘minha alma’ que era hora de deixar meu corpo dormir e sonhar com
dias melhores, esperançosos, alegres e justos, tal qual aos sonhos de uma
quarta-feira de cinzas. Afinal, a festa tinha acabado.
Envolvido nesse sentimento de vazio pelo fim da
competição olímpica, escrevi:
E
AGORA BRASIL?
A
FESTA ACABOU,
A LUZ
APAGOU,
O
ATLETA PARTIU.
FICARAM EXEMPLOS,
FICARAM
MEDALHAS,
FICOU
A SAUDADE,
FICOU A ESPERANÇA
DE UM NOVO PAÍS.
E
AGORA BRASIL?
Com esses versos adaptados à primeira estrofe do questionamento poético de Drummond
acalmei a excitação da minha alma e, desejando um futuro melhor para todos os
brasileiros e para o novo governo do país que está prestes a ser reconhecido internacionalmente. Assim podermos
sonhar com um futuro melhor.
Não bastam medalhas no peito do povo brasileiro. O
orgulho de cantar o Hino Nacional e de ver tremular nossa bandeira, que não é
amarela e vermelha, como, num ato falho, disse em inglês o Presidente do Comitê
Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Nossa bandeira é VERDE E AMARELA, senhor 'Nuzman' e
sempre será.
Mais calmo, às quatro horas da manhã, e com
minha alma em paz, me abracei ao travesseiro e sonhei um lindo sonho de amor ao
meu país. A Morfeu, deus do sono, que já começava a embalar meu sonho, adormeci declarando:
- Eu sou brasileiro, com muito orgulho e com muito amor.
Parabéns Brasil, pela linda festa. Daqui a quatro anos,
se Deus nos permitir, iremos a Tóquio, pois é lá que a vai rolar a festa!
Tim-Tim!
Neo Cirne
Colunista de
UBAV-Brasil