Turismo Tim-Tim!
Olá amigos, hoje destacaremos um local encantador do nosso país, um lugar tão diferente que a primeira vez que fui visitar, por instantes, tive a impressão que pela sua paz e beleza natural eu estava em outro planeta. Bora nessa?
Um lugar distante, cercado de praias belíssimas, uma temperatura tropical bem gostosa. Com aquele visual um sabor de permanente aventura invadiu meu coração. Trata-se de um paraíso pernambucano que possui 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, possuindo uma área total de 26 km². Naturalmente, ‘Fernando de Noronha, é um grande tesouro brasileiro’... Um pedacinho do ‘pedaço do céu’ na terra.
Situado
a aproximadamente 540 quilômetros de Recife, o arquipélago de Fernando de
Noronha é agraciado com um cenário espetacular. Por suas formações rochosas,
praias banhadas por um mar azul-turquesa, um ar puríssimo, uma fauna marinha
magnífica (golfinhos, tartarugas, aves, grande quantidade de peixes e uma
infinidade de espécies marinhas) é considerado um verdadeiro santuário natural.
Tanto, que é qualificado pela UNESCO como “Patrimônio Mundial da Humanidade”.
Não
pensem que é fácil alcançar o arquipélago, a distância e algumas regras impedem
o fluxo turístico na região. Para manter o equilíbrio do ecossistema de
Fernando de Noronha, o número de turistas que podem desembarcar na ilha fica
limitado em quase 500 turistas, 450 para ser mais exato. Além disso, é
necessário o pagamento de uma taxa de preservação - atualmente R$ 56,80 por dia e um ingresso de 10 reais para visitar o ‘Parque
Nacional Marinho’, que corresponde a 70% da ilha. O parque inclui a Praia do
Sancho e a Baía dos Porcos, sempre listadas entre as mais belas do mundo. Achamos
justa a cobrança da taxa, mas considero muito alta. É verdade que quando se tem muita facilidade de acesso turístico a falta de zelo é
imensa. Na ilha você observa que os moradores e comerciantes são amáveis,
porém todos, sem exceção, zelam pelo patrimônio maravilhoso que o lugar proporciona.
Em
1970, quando conheci Noronha, não existia quase nada na região. As forças
armadas tinham uma base na ilha para a segurança do país. Os sargentos solteiros,
recém-saídos das escolas de formação, eram classificados para servirem lá
durante um ano. Quando retornavam aos seus Estados voltavam com o baú cheio de
fotos e o coração pleno de saudade. O acesso a ilha era muito restrito.
Existia
um lugar, uma vila bem pequena, habitada por antigos moradores, que adquiriram
o direito de morar na ilha era um local histórico, próximo do centro da ilha. A Vila dos Remédios formou-se lá pelo século XVI e,
de lá pra cá, tornou-se o endereço da paz. Na época de 1970, quando vi Noronha pela primeira vez, vi que tudo era paz e natureza. Não havia a
confusão da cidade grande, na qual tanto estamos acostumados. Não tinha hotéis de luxo e as pousadas eram domiciliares. O fluxo turístico era mínimo. Aos poucos,
com a divulgação das belezas de Noronha pela mídia, pessoas de toda a parte do
mundo começaram a ‘descobrir’ o lugar e trataram-no como uma grande opção turística
‘natural’.
Em
Noronha você não precisa de roupas de marca para tornar-se bela, o seu sorriso
de satisfação e de tranquilidade embelezam-na naturalmente. Shortinho,
camiseta e sandálias formam o guarda roupa insular básico, sem esquecerem
do ‘protetor solar’ para abrandar o Sol e de uma boa viola para namorar a Lua. À
noite, o céu visto no arquipélago, longe das luzes das cidades grandes, é algo
espetacular e inspirador para uma boa serenata.
Hoje,
sonhei com Fernando de Noronha, local que tive o prazer de conhecer em 1971 e
rever em 1996. Nada mudou, a não ser a construção de alguns hotéis excelentes,
restaurantes e de algumas áreas de lazer. Antes não era permitida a circulação de carros, hoje, para facilitar a vida do turista existe uma frota de Bugs autorizada pela administração da ilha.
Se
um dia vocês tiverem o prazer de conhecer Pernambuco, incluam no seu roteiro um
bom passeio, de no mínimo 3 dias ao Arquipélago de Fernando de Noronha, que no
início foi batizado por Ilha de São Lourenço, mais tarde, Ilha de São João, por
parte do Rei Dom Manuel I, tornando-a uma capitania hereditária, legando-a à
Fernando de Loronha (sim, Loronha e não, Noronha), era um comerciante
português, que financiou a expedição de Gonçalo Coelho em 1503. Um erro de
grafia (comum na época) transformou Loronha em Noronha, nome que existe até
hoje.
Muitas
histórias eu poderia contar sobre Noronha, mas a mensagem mais importante de
hoje é mostrar a você que muitas são as possibilidades turísticas do nosso país
e que possui ele possui lugares incríveis que você precisa conhecer.
Encerro com um pequeno texto escrito, em 1828, por Charles Darwin, famoso naturalista. Ele estava a bordo do navio de pesquisa HMS Beagle. Disse Darwin:
“Toda a ilha é uma floresta e é tão densamente interligada que
exige grande esforço para passar - O cenário é muito bonito. Possui grandes
magnólias, louros e árvores cobertas por flores delicadas, elas deveriam ter me
satisfeito, mas eu tenho certeza que toda a grandeza dos trópicos ainda não foi
vista por mim...”
Tim-Tim!
Texto:
Neo Cirne
Colunista de UBAV
- Existem voos diários partindo de Recife/PE e Natal/RN para a Ilha de Fernando de Noronha.
- Você pode visitar a ilha pelo mar, passeios de veleiros entre Recife e Noronha. são vendidos nas agências de turismo
- Deixo um vídeo do youtube, com algumas tomadas da vida marinha na Ilha de Fernando de Noronha, nosso tesouro.
Fonte de consulta: wikipedia.org
Fotos ilustrativas:
wikipedia.org