Amigos, esse mês estou passando pela experiência de
deixar a cria voar! Estou me sentindo como uma "passarinha mãe" que
alimentou seu filhote, dando minhoquinhas na sua boquinha, protegendo e facilitando
as coisas pra ele, e de repente percebe que ele está pronto pra
alçar voo e conhecer o mundo...
Divido-me entre o sentimento de orgulho e alegria
ao ver que a minha filhotinha já pode voar com suas próprias asas e adquirir
novas experiências.
Posso dizer que esta ação de dever cumprido é muito
boa, me traz uma leveza e um sentimento de alegria e gratidão! Por isso resolvi postar esse texto para mostrar que...
Quem
ama deixa voar
Quem ama protege. É natural que a gente tente evitar que aqueles
que amamos passem por alguma situação desagradável. Instintivamente vamos
sempre defendê-los de ataques e poupá-los de tristezas. Não há nada de mau
nisso, mas temos sempre que estar atentos para não permitir que as defesas do
outro atrofiem, de tão pouco usadas.
Sendo mais concreta, percebo que muitas mães, com as intenções mais instintivas de defesa sobre a sua cria, acabam por proteger tanto seus filhos que não valorizam as capacidades desses de se defenderem. Querendo poupá-los de experiências negativas, se antecipam a resolver todo e qualquer problema na vida deles, gerando uma falsa ilusão de que são capazes de peneirar o que pode ser vivido, evitando qualquer dificuldade.
Mesmo que fosse possível criar esse cercado onde só coisas boas poderiam entrar na vida de alguém, estaríamos construindo um ser desprovido de qualquer poder de autoproteção, já que nunca foi exposto a nenhum contratempo ou conflito. Pensando assim, fica fácil perceber que, na verdade, quando uma mãe superprotege seu filho, ao invés de ajudá-lo, ela está tirando dele a capacidade de desenvolver suas próprias habilidades de defesa. Ele fica completamente vulnerável ao mundo, e não é apto a encará-lo sem sua mãe por perto. No final das contas, ele vira um ser muito mais suscetível do que a maioria e, de tanto agirem por ele, não aprende a enfrentar os desafios.
Outra questão é a mensagem que se está passando quando prefere que você ou alguém resolva tudo no lugar dele. Subentende-se que você não confia na capacidade dele de lidar com tal situação e que qualquer pessoa faria isso melhor do que ele. Se essa mensagem é passada constantemente, é muito provável que ele se constitua a partir dela e deixe de acreditar em si mesmo, construindo uma crença de que não é apto a enfrentar o mundo. E exatamente por sempre ter sido poupado, por ter treinado pouco suas habilidades de enfrentamento, acaba de fato confirmando sua crença.
Quando o filho tem uma limitação, como, por exemplo, cegueira, dificuldade motora, ou qualquer doença que torne a independência mais desafiadora, os casos de superproteção são ainda mais corriqueiros e sustentados pela justificativa da limitação de certas situações. É claro que vai haver uma dificuldade maior, mas, no momento em que a mãe trata como uma impossibilidade e faz tudo pela pessoa ou junto dela, ela está desencorajando seu filho a testar capacidades, a vencer desafios e ultrapassar limites por conta própria. Ela está vivendo por ele e para ele. Na realidade, ela não está valorizando as possibilidades dele como ser humano.
Sendo mais concreta, percebo que muitas mães, com as intenções mais instintivas de defesa sobre a sua cria, acabam por proteger tanto seus filhos que não valorizam as capacidades desses de se defenderem. Querendo poupá-los de experiências negativas, se antecipam a resolver todo e qualquer problema na vida deles, gerando uma falsa ilusão de que são capazes de peneirar o que pode ser vivido, evitando qualquer dificuldade.
Mesmo que fosse possível criar esse cercado onde só coisas boas poderiam entrar na vida de alguém, estaríamos construindo um ser desprovido de qualquer poder de autoproteção, já que nunca foi exposto a nenhum contratempo ou conflito. Pensando assim, fica fácil perceber que, na verdade, quando uma mãe superprotege seu filho, ao invés de ajudá-lo, ela está tirando dele a capacidade de desenvolver suas próprias habilidades de defesa. Ele fica completamente vulnerável ao mundo, e não é apto a encará-lo sem sua mãe por perto. No final das contas, ele vira um ser muito mais suscetível do que a maioria e, de tanto agirem por ele, não aprende a enfrentar os desafios.
Outra questão é a mensagem que se está passando quando prefere que você ou alguém resolva tudo no lugar dele. Subentende-se que você não confia na capacidade dele de lidar com tal situação e que qualquer pessoa faria isso melhor do que ele. Se essa mensagem é passada constantemente, é muito provável que ele se constitua a partir dela e deixe de acreditar em si mesmo, construindo uma crença de que não é apto a enfrentar o mundo. E exatamente por sempre ter sido poupado, por ter treinado pouco suas habilidades de enfrentamento, acaba de fato confirmando sua crença.
Quando o filho tem uma limitação, como, por exemplo, cegueira, dificuldade motora, ou qualquer doença que torne a independência mais desafiadora, os casos de superproteção são ainda mais corriqueiros e sustentados pela justificativa da limitação de certas situações. É claro que vai haver uma dificuldade maior, mas, no momento em que a mãe trata como uma impossibilidade e faz tudo pela pessoa ou junto dela, ela está desencorajando seu filho a testar capacidades, a vencer desafios e ultrapassar limites por conta própria. Ela está vivendo por ele e para ele. Na realidade, ela não está valorizando as possibilidades dele como ser humano.
Assim, quando superprotege, simultaneamente, você mostra que ama aquela pessoa a ponto de não querer que nada de mau aconteça com ela, e também está dizendo que ela é frágil, vulnerável e nada safa. Vamos sempre tentar amar de forma que estimule, fortaleça e capacite o outro a ser o melhor que ele pode dentro de suas limitações, e não desenvolvendo uma dependência. Cortar as asas pode até evitar algumas situações de risco, mas certamente também evita belos vôos que ele pode viver. Proteção também tem medida.
TIM-TIM
Terapeuta Sistêmica (Família, individual e casal) – Psicopedagoga clínica – Letras - Psicomotricidade e Desenvolvimento Humano.
Distúrbios/Transtornos de Aprendizagem – Aprendizagem e Psicopedagogia - Bioenergia - Dinâmicas de Grupo - Educação e Psicologia Social/clinica – Leitura corporal -
Exerce atividade clínica em Belo Horizonte - MG
www.terapeutasistemica.blogspot.com
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