A
ORIGEM DA CONTAGEM DO TEMPO
Por Ricardo Normando Ferreira de Paula
De onde surgiu a necessidade de controlar
o tempo? Por que acompanhamos sempre o relógio para controlarmos as nossas
atividades cotidianas?
A Cronologia (o estudo do
tempo) é uma das invenções fundamentais da espécie
humana! É com base neste conjunto de conhecimentos que a civilização consegue,
até os dias de hoje, controlar e organizar sua vida e suas atividades. Para
compreendermos este costume tão cotidiano (às vezes nem nos damos conta de como
a influência do relógio é importante em
nossas vidas) é preciso recuar à aurora da humanidade.
Para os caçadores do Período
Paleolítico, a posição dos astros e suas periodicidades eram usadas para
saber quando a Lua mudaria, em que
períodos as diversas estações da natureza aconteciam
e qual sua influência no comportamento e migração dos animais para que a caça e
a pesca pudessem ser bem sucedidas. Como eles viviam em bandos, uma caçada mal
sucedida poderia comprometer sua alimentação e, consequentemente, sua
espécie. Já no Período Neolítico,
arar a terra, semeá-la e o período de colheita precisavam de medidas de tempo
precisas para que os períodos mais favoráveis fossem observados para que cada
fase da agricultura fosse completada com sucesso garantindo, assim, o prosseguimento
da espécie em um dado local.
E estas medidas de tempo tinham por base fenômenos
naturais repetitivos. Ora, antigamente, antecedendo à invenção da escrita, a
humanidade não detinha conhecimentos acerca da construção de artefatos que os
auxiliassem na medição do intervalo de tempo. Desta forma, recorrer aos
fenômenos naturais que fossem periódicos tornava-se a ferramenta mais favorável
naquele momento onde despontava a aurora da nossa civilização. Os fenômenos
periódicos mais utilizados foram os movimentos dos corpos celestes e, a partir
daí, estes fenômenos passaram a determinar as estações do ano, os meses e os
anos. Exemplificando: há cerca de 20.000 anos, os caçadores faziam medição de
tempo contando os dias entre as fases da Lua, por meio de marcações em gravetos
e ossos.
As descobertas arqueológicas indicam que em todas
as civilizações antigas, desde os primeiros hominídeos, algumas pessoas estavam
preocupadas com a medição do tempo, seja por motivos religiosos, agrícolas ou
de estudo dos fenômenos celestes (uma forma antiga de astronomia).
Os Sumérios (povo
residente na mesopotâmia) chegaram a
elaborar um calendário, que dividia o ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os
dias eram divididos em 12 períodos (que equivalem a duas horas), e dividiam
cada um destes períodos em 30 partes (aproximadamente 4 minutos). Pelo período
ocupado por essa civilização (entre 5.300 e 2.000 anos antes de Cristo), a
precisão de seu calendário é fantástica!
Além dos sumérios, os Egípcios também tinham um calendário que utilizava os ciclos
das fases da Lua, mas que passou a utilizar o movimento da estrela Sirius,
que passa próxima ao Sol a cada 365
dias, na mesma época em que a inundação anual do Nilo tem início. Isto foi muito importante para o
crescimento da civilização Egípcia. Heródoto (historiador grego) afirmou que “O Egito é um presente
do Nilo.”, já que a região seria apenas um deserto se não houvesse este
rio.
Podemos então sintetizar, afirmando que os
fenômenos celestes é que determinavam o período de fertilidade da terra e o
comportamento dos animais, grande preocupação de todos os povos.
Com
o passar dos anos, muitos instrumentos para contar o tempo surgiram: relógios
de areia, de sol, de água, a ampulheta... Até chegar aos modernos relógios
atômicos... Mas isto é outra história!
Fonte: infoescola.com
Fonte: infoescola.com
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COMENTÁRIO TIM-TIM!
Comentário de Neo Cirne
Recentemente realizei um comentário sobre o tempo e dizia que o tempo não existe e que é uma criação dos homens. Necessitados em registrarem os acontecimentos, suas datas marcantes e pontuando suas passagens pela vida.
Eu disse também que nós, seres humanos, somos maiores do que o tempo, pois temos vida. Trazemos as nossas emoções, sentimentos e livre-arbítrio para, em caso de erro, podermos repensar e voltar atrás, tentando acertar mais uma vez.
Lendo um texto enviado por nossa grande colaboradora Cristina Castro RJ, observei a ótica poético-discordante do autor anônimo, que falava da maneira que classificamos o tempo e achei muito interessante poder compartilhar com vocês... Vejam que lindo:
"A gente se acostuma a medir a vida em dias, meses, anos… Mas, será que é mesmo o tempo que mede a nossa vida? Ou a gente devia contar a vida pelo número de sorrisos? De abraços? De conquistas? Amores? De sucessos e fracassos?
Por que ao invés de dizer tenho tantos anos, a gente não diz: tenho três amigos, oito paixões, quatro tristezas, três grandes amores e dezenas de prazeres?
A gente vai vivendo e, às vezes, esquece que a vida não é o tempo que a gente passa nela, mas o que a gente faz e sente enquanto o tempo vai passando.
Por que ao invés de dizer tenho tantos anos, a gente não diz: tenho três amigos, oito paixões, quatro tristezas, três grandes amores e dezenas de prazeres?
A gente vai vivendo e, às vezes, esquece que a vida não é o tempo que a gente passa nela, mas o que a gente faz e sente enquanto o tempo vai passando.
Dizem que a vida é curta, mas isso não é verdade.
A vida é longa pra quem consegue viver intensamente as pequenas felicidades"
Tim-Tim!