Recostado na poltrona da sala, ouvindo um som e viajando em meus pensamentos, lembrei-me do centenário nosso do "poetinha do amor" Vinícius de Morais, Lembrei do quanto ele foi importante para uma fase poético-amorosa da música popular brasileira.
Com sutileza, alegria e muitos toques de amor profundo, Vinícius conquistou o mundo. Seus poemas, sonetos, poesias e canções apaixonaram milhares de corações e sua vasta obra, quase toda, tendo como base o amor, serviu de ponte para unir e inspirar muitos casais.
Com sutileza, alegria e muitos toques de amor profundo, Vinícius conquistou o mundo. Seus poemas, sonetos, poesias e canções apaixonaram milhares de corações e sua vasta obra, quase toda, tendo como base o amor, serviu de ponte para unir e inspirar muitos casais.
Vinícius conquistou o mundo tratando a mulher com cortesia e sedução em suas letras salpicadas de paixão. Com "Garota de Ipanema", feita em parceria com o inesquecível Tom Jobim, Vinícius viu sua música ser cantada por cantores maravilhosos, como, por exemplo, Frank Sinatra, na época considerado o maior cantor americano, sendo apelidado por "The Voice".
Pensei, como o mundo mudou em tão pouco tempo? Por que o tempo passa tão depressa? Parece que foi ontem que Vinícius faleceu. Qual o que! Já fazem 33 anos (ele faleceu em 09 de julho de 1980) aos 66 anos. Grande poetinha, que saudade!
Realmente o tempo mudou, mudaram-se os cenários. Acho, na minha humilde opinião, que o tempo mudou pra pior, pois a violência e a impunidade tomaram o lugar da segurança das pessoas de bem e a música brasileira ganhou o mundo mais uma vez, com a música "Ai se eu te pego...Ai...Ai!". Pasmem, o mundo inteiro cantou... O
Meu Deus! O que está acontecendo com o mundo? Parece que está sem rumo e carente de amor.
Meu Deus! O que está acontecendo com o mundo? Parece que está sem rumo e carente de amor.
Uma amiga querida, Patrícia Guedes, voltou da Rússia este mês e me disse que numa festa de casamento que rolava no salão de festas de um grande hotel de Moscou, o DJ atacava, repetidamente, com o sucesso de Michel Teló. É... Sucesso é assim, Acontece, não há como contestar. Mas, que o mundo mudou, mudou e muito!
É tempo de ouvir o coração! Parece que o tempo passou de maneira muito radical, sinto-me em outra dimensão, onde não existe mais amor. Será que não fomos nós que mudamos? Não é assim, se o mundo muda, nós temos que nos adaptar. Mas não mudamos..nós passamos.
Mudaram as canções, mas nada mudou para quem tem bom gosto musical, neste caso, só aumentou a decepção em fatos pontuais. Um deles é a falta de músicas de qualidade. Daquelas que tocam nossos corações com suas mensagens e embalem nossos sonhos.
Ritmos ruins surgiram, passamos a cantar letras sujas, ridículas, umas que ofendem e que denigrem a mulher, tratando-a como objeto vulgar de consumo. Como a música citada acima.
Mudaram as canções, mas nada mudou para quem tem bom gosto musical, neste caso, só aumentou a decepção em fatos pontuais. Um deles é a falta de músicas de qualidade. Daquelas que tocam nossos corações com suas mensagens e embalem nossos sonhos.
Ritmos ruins surgiram, passamos a cantar letras sujas, ridículas, umas que ofendem e que denigrem a mulher, tratando-a como objeto vulgar de consumo. Como a música citada acima.
Os grandes nomes da música se aposentaram ou partiram deste plano, deixaram, porém, suas obras eternas. Não tivemos uma reposição artística à altura da qualidade que desejamos. Mas, o tempo, em si, não mudou nada, entendem? Quem mudou fui eu, foi você, fomos nós, que às vezes nos deixamos levar nesta torrente de coisas ruins. Perdemos o bom padrão de qualidade social, atividades políticas e musical.
Ah! O tempo... Concluí que ele não para (como dizia o Cazuza) porque ele, simplesmente, não existe. É tudo fruto de uma configuração imaginária. Portanto, ele não passa... Quem passa somos nós.

Prestei atenção e viajei legal em pensamentos à uma série de reflexões sobre o tempo e o amor. Percebi então que: o tempo, realmente, é só uma visão métrica dos ciclos solar, lunar e movimentos da Terra. O tempo é um nome dado pelos antigos observadores do céu, pessoas que necessitavam justificar suas teorias astronômicas e marcarem estes ciclos, portanto ele não existe. É uma programação que enquadra e organiza os fatos, somente isto. Já o AMOR é ETERNO. Naturalmente, ficamos dependentes dele para marcar a nossa história, evoluções e fracassos. A história da evolução humana foi marcada no "grande arquivo" que chamamos tempo, este, porém, não tem vida própria e nem poder de interferir, por exemplo, nos amores verdadeiros. O amor pode ser eterno dependendo da sua intensidade, ao tempo resta o dever de marcar a duração de um fato.
No lindo bolero Resposta do Tempo, confesso que fiquei emocionado com a visão poética do tempo. Nela, destaca-se o diálogo imaginário entre o autor e o Tempo, como numa fábula, o tempo ganha corpo e voz, dialogando suas razões.
Diz o texto, que percebendo a atitude agressiva do tempo, ao bater na porta da frente de sua vida, o autor bebe um pouquinho pra ter argumento (acreditava que assim sua palavra correria mais solta e objetiva), pois constatava que ficaria sem jeito e calado na argumentação frente a fala do tempo, que julgava poderoso. Diz ainda, que o tempo riria e zombaria do quanto ele havia chorado por um amor. Enfatiza o tempo: Que ele sabe passar e eu não sei, quando o autor fala do seu Amor Perdido... Numa visão dura o tempo diz: que eles, autor e tempo, são iguais, pois não sabem ficar parados. Argumenta que o autor, também não para, quando está vivendo uma relação amorosa e ela, desgastada, se desfaz.
Diz o texto, que percebendo a atitude agressiva do tempo, ao bater na porta da frente de sua vida, o autor bebe um pouquinho pra ter argumento (acreditava que assim sua palavra correria mais solta e objetiva), pois constatava que ficaria sem jeito e calado na argumentação frente a fala do tempo, que julgava poderoso. Diz ainda, que o tempo riria e zombaria do quanto ele havia chorado por um amor. Enfatiza o tempo: Que ele sabe passar e eu não sei, quando o autor fala do seu Amor Perdido... Numa visão dura o tempo diz: que eles, autor e tempo, são iguais, pois não sabem ficar parados. Argumenta que o autor, também não para, quando está vivendo uma relação amorosa e ela, desgastada, se desfaz.
O tempo, sentindo-se poderoso, diz que "ele adormece as paixões"... e o autor responde: "Eu desperto", diz isto com tal convicção que chega a ridicularizar o tempo... Diz mais: que o tempo aprisiona e ele liberta... e diz, que o tempo, no fundo, é uma eterna criança, que não soube amadurecer.
Poeticamente, o autor imagina o tempo girando a sua volta e sussurrando que "ele apaga os caminhos e que os amores terminam no escuro, sozinhos". E o autor finaliza este diálogo dizendo:
"O tempo se rói com inveja de mim, me vigia querendo aprender, como eu morro de amor pra tentar reviver"
Que lindo! É poesia pura... Enquanto o tempo não volta atrás e segue sua marcha à frente, nós, meros mortais, podemos reparar erros, retornar reencontrando os valores perdidos, reverter situações, reavaliar posturas, perdoar, pedir desculpas (com verdade no olhar) reconquistando um amor que estava perdido. Tudo é possível!
Mensagem de Neo Day:
Este é o ensinamento dos compositores desta pérola da música popular brasileira, que reafirma a nossa certeza de que o tempo não passa apenas porque ele, simplesmente, não existe. Apenas goza fama de imortal, porém, ele é só um conceito, inanimado, sem vida.
O Tempor é a necessária criação dos homens para marcar seus desenganos. Quanto a nós, que somos meros passantes, devemos nos alegrar, pois somos obras completas de Deus. Nós temos o poder de voltar atrás, tomar novas decisões, mudar o rumo da história e reescrevê-la. Podemos resgatar o que estava perdido... Já o Tempo, não pode! Ele só segue em frente em sua marcha programada e sem graça. Nós podemos ser simples caminhantes na estrada da Vida, é verdade. Mas seremos sempre, se quisermos, dependendo das nossas atitudes, inesquecíveis mortais... Assim como Vinícius de Morais, nosso amado poetinha.
O Tempor é a necessária criação dos homens para marcar seus desenganos. Quanto a nós, que somos meros passantes, devemos nos alegrar, pois somos obras completas de Deus. Nós temos o poder de voltar atrás, tomar novas decisões, mudar o rumo da história e reescrevê-la. Podemos resgatar o que estava perdido... Já o Tempo, não pode! Ele só segue em frente em sua marcha programada e sem graça. Nós podemos ser simples caminhantes na estrada da Vida, é verdade. Mas seremos sempre, se quisermos, dependendo das nossas atitudes, inesquecíveis mortais... Assim como Vinícius de Morais, nosso amado poetinha.
Hoje é Dia da Poesia
A música brasileira é belíssima e a poesia é fundamental para potencializar a emoção... Sentimos muita a falta de novas letras que falem profundamente do amor. Sabemos que a reposição deste acervo é lenta e a divulgação é mínima, infelizmente.
Agradáveis surpresas musicais acontecem no país, de Norte à Sul, com o aparecimento de novos autores, mas para que elas se transformem em sucesso necessitam de investimento e divulgação. Temos poucas gravadoras que investem no mercado fonográfico. Investem mais em música descartável do que em música de qualidade. A visão destas é imediatista e comercial, não é uma visão poética e nem, tão pouco, amorosa.
Esquecem-se que poesia amorosa terá sempre um comércio permanente no coração das pessoas de bom gosto. Já a música de consumo imediato...Não dá liga, não se fixa e acaba rápido... Graças a Deus!
As doces palavras do Cristóvão Bastos ou do querido Vinícius de Morais, serão eternas, quer o tempo exista ou não. Eles nunca passarão completamente, pois sempre haverá um romântico de plantão, cantando suas canções ou recitando suas poesias. Tim-Tim!
Precisamos semear na estrada da vida sementes de amor, para que ela seja mais construtiva, humana e feliz. Futuras gerações agradecerão esta doce semeadura, pois o Amor é elemento primordial da existência humana.
(Texto de Neo Cirne)
Tim-Tim!
NEO DAY
orgulhosamente apresenta
A LETRA E A MÚSICA
Batidas na porta da frente, é o tempo
eu bebo um pouquinho pra ter argumento
mas fico sem jeito, calado ele ri
ele zomba do quanto eu chorei
porque sabe passar e eu não sei
Um dia azul de verão
sinto o vento
há folhas no meu coração, é o tempo...
recordo o amor que perdi, ele ri
diz que somos iguais, se eu notei?
Pois, não sabe ficar, eu também não sei...
E gira em volta de mim.
Sussurra que apaga os caminhos,
que amores terminam no escuro, sozinhos...
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
que ele adormece as paixões, eu desperto.
E o tempo se rói com inveja de mim,
me vigia querendo aprender
como eu morro de amor, pra tentar reviver
eu bebo um pouquinho pra ter argumento
mas fico sem jeito, calado ele ri
ele zomba do quanto eu chorei
porque sabe passar e eu não sei
Um dia azul de verão
sinto o vento
há folhas no meu coração, é o tempo...
recordo o amor que perdi, ele ri
diz que somos iguais, se eu notei?
Pois, não sabe ficar, eu também não sei...
E gira em volta de mim.
Sussurra que apaga os caminhos,
que amores terminam no escuro, sozinhos...
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
que ele adormece as paixões, eu desperto.
E o tempo se rói com inveja de mim,
me vigia querendo aprender
como eu morro de amor, pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer Eu posso, ele não vai poder me esquecer!
que não soube amadurecer Eu posso, ele não vai poder me esquecer!
RESPOSTA DO TEMPO
(autoria de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc)