O DINHEIRO TRAZ
FELICIDADE?
Afinal,
o que você acha? O dinheiro traz ou não a felicidade? Anos atrás uma
universidade americana entrevistou pessoas em várias partes do mundo e concluiu
que, o ganho de bem-estar subjetivo não era proporcional ao aumento da conta no
banco. Ou seja, depois que a gente já tem mais do que precisa, acumular
dinheiro não acrescentaria mais felicidade. E sim fatores externos como saúde,
satisfação no trabalho e harmonia familiar é que nos fariam felizes.
Há dois anos atrás, o Instituto Gallup em 130 países sugeriu justamente o
contrário. O Gallup descobriu que, com raras exceções, as populações das nações
mais ricas são as que se julgam mais felizes e que os países mais pobres maior
quantidade de gente insatisfeita com a vida que leva, o que comprovaria a
relação entre o alto poder aquisitivo com o bem-estar subjetivo. E agora? Quem afinal tem razão?
Imagino
que o crescente materialismo da nossa sociedade e a maior demanda de pessoas
por serviços e produtos de boa qualidade, como planos de saúde, previdência
privada, ensino particular, posse de aparelhos de última geração, pode estar
mesmo levando mais gente para o lado dos que associam o dinheiro à felicidade.
Curiosamente,
um dos pontos fora da curva de todas as pesquisas relacionadas à felicidade é o
Brasil. No relatório do Gallup, a avaliação que os brasileiros fazem de suas
vidas está nivelada com a dos habitantes de países mais desenvolvidos, como
Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Alemanha e Austrália. Por outro lado,
estudo feito pelo Instituto Ipsos descobriu que por aqui pobres e ricos estão
igualmente incomodados com vários aspectos da realidade nacional. Como isso se
explica?
Pesquisa
do Datafolha, divulgada há dois anos, pode dar uma pista sobre a aparente
contradição. Nada menos que 76% dos brasileiros disseram que eram felizes.
Porém, quando perguntados se os demais brasileiros seriam felizes, a resposta
foi outra, somente 28% dos entrevistados enxergaram a felicidade na vida de
seus conterrâneos. Ou seja, quando pensamos sobre a felicidade pessoal, nós
tendemos a refletir nosso incorrigível otimismo.
Mas, quando somos convidados a
pensar sobre a vida que levam os vizinhos, a realidade fala mais alto e fatores
negativos que ainda afligem nosso país, como insegurança, corrupção, impunidade,
más condições do sistema de saúde, má qualidade do ensino, rebaixam a nossa
avaliação de felicidade exterior.
Tudo
isso confirma como a relação entre o dinheiro e a felicidade é complicada. Talvez
a melhor resposta não venha dos pesquisadores e cientistas, mas sim de nosso
próprio coração. Não dá para se negar que a riqueza material traz conforto e
acesso a coisas que nos proporcionam segurança e muito prazer num curto prazo.
Porém, se isto não estiver acompanhado de fartas doses de amizade,
reconhecimento e amor, a felicidade não será completa.
Autoria: Luiz Alberto Marinho, publicitário e
não tem tudo que ama, mas ama tudo que tem.
Nota de UBAV-BR:
Pela importância e qualidade do texto publicado na Revista Vida Simples,
socializamos com os nossos queridos leitores.
Particularmente, que o dinheiro ajuda um pouco na busca dos objetivos que nos farão mais felizes, mas a felicidade é um estado de espírito, conheci pessoas paupérrimas que eram felizes, cuja felicidade cativava, emocionava e servia de exemplo. Achamos também, que a frase atribuída a Glória Kalil exprime bem a relação do dinheiro, vejam:
Se
quiser dar a sua opinião sobre o tema, vá em CONTATO COM UBAB-BRASIL e dê o seu ponto de vista.
Bom dia!
Tim-Tim!