CIÊNCIA
TIM-TIM!
O GPS DOS
POMBOS
Juliana Tiraboschi
Os
humanos que não foram agraciados pela natureza com um bom-senso de direção
agora têm motivos de sobra para sentir inveja dos pombos.
Um estudo da Faculdade de medicina de Baylor, em
Houston, (EUA), publicado na prestigiada revista “SIENCE”, identificou
neurônios nos cérebros destas aves, que são capazes de codificar a direção e a
intensidade do campo magnético da Terra.
Essa habilidade faz com que esses animais desenvolvam uma espécie de GPS NATURAL dentro de suas cabeças, capaz de apontar as direções norte e sul e identificar as longitudes geográficas.
Algumas pesquisas já sugeriram que as aves são dotadas
de receptores de ondas magnéticas nos ouvidos, olhos e bicos. Outros estudos
também já haviam localizado regiões do cérebro envolvidas na tradução desses
sinais para orientações espaciais concretas. Mas, até agora, os cientistas não
haviam identificado as células cerebrais exatas que decodificam estas
informações.
Para desvendar o mistério, os pesquisadores usaram um
aparelho para anular o campo magnético
natural da Terra e criaram um campo artificial dentro de um cômodo. Depois
colocaram 07 pombos dentro deste quarto. Conforme manipulavam os ângulos e a magnitude
deste campo, os pesquisadores observaram respostas em 53 células cerebrais das
aves.
Estas respostas neuronais determinam a posição e a
direção de voo dos animais, como se formassem um mapa mental. Não é de se
estranhar que os pombos-correios tenham sido usados como mensageiros na antiguidade até durante
a Segunda Guerra Mundial.
Eles eram deslocados até um determinado ponto do
Teatro de Operações e depois usados para transportar cartas ao seu local de nascimento,
já que possuem a habilidade de encontrar o caminho de casa.
David
Dickman, autor da pesquisa, acredita que nós, humanos, podemos
nos beneficiar do seu trabalho com as aves. Ela, já está desenvolvendo – em parceria
com a Universidade Rice, também em Houston – um novo tipo de sitema de
posicionamento e localização, baseado no conhecimento gerado por este tipo de
pesquisa. Ele declarou: “Esperamos conseguir criar um protótipo em breve”. “Ainda
há algumas dificuldades a serem superadas, como mascarar os ruídos de outras
fontes de energia, que podem perturbar o campo magnético terrestre”. Também
será necessário aumentar a sensibilidade do sistema para que pequenas distâncias
possam ser cobertas.
OPINIÃO TIM-TIM!
Achei esta
matéria bem interessante e quero repassar pra vocês. Ela fala do senso
direcional dos pombos, uma ave, que com a sujeira esparramada pelas ruas,
tornou-se “mau vista” pelo homem pela possibilidade de transmissão de doenças
muito severas à espécie humana e à sua agressividade, sim tanta que incomoda muita gente. Ainda, no mês de setembro, na Praia de Boa Viagem, senti na pele o incômodo de ser atacado por pombos famintos. Eu até observei alguns banhistas que foram embora, chateados, quase expulsos pelas dezenas de "gentis pombinhos". Onde há sujeira... há pombos. Nem de longe, a Praia de Boa Viagem atual se parece com a praia que conheci até uns anos atrás, limpa e protegida. Bem, melhor falar do senso de direção dos pombos...
Destacamos a incrível capacidade
que os pombos possuem de alcançarem grandes distâncias e sempre retornarem ao
ponto de origem.
Não façam como o cidadão que alimenta os pombos com a boca, vejam:
Existem espécies de pombos que são agressivos e por serem onívoros eles comem de tudo. Vejam o ataque em um piquenique...
Porém, simbolicamente a Pomba Branca é linda e é um ícone da Paz. Vejam este flagrante onde o ex-papa, João Paulo II recebeu a visita da Pomba da Paz, ao final de um pronunciamento na Praça São Pedro.
Este artigo foi postado na Revista ISTO É, uma revista
brasileira de credibilidade, e vem assinada por Juliana Tiraboschi.
A ciência
nos ajuda sonhar com um mundo melhor.
Valeu!
TIM-TIM!